CLH 3

Reflexo da Verdade

Estavam os dois, sentados a beira de um lago, sob a luz do luar. Ao redor, absolutamente nada, nada que os atrapalhasse, nada que os separasse, apenas os dois. Eles faziam apenas uma coisa, sentir a presença do outro, nada podia ser mais perfeito.




Mas ele se atreveu a olhar para o lago, e viu o reflexo dela. Mas não era ela, ou melhor, não aquela que estava ao seu lado. Mas ele sentia algo diferente, algo triste na imagem refletida. Por mais que tentasse, ele não conseguia tirar os olhos daquela imagem formada no lago. Parecia tão normal, mas tão estranho ao mesmo tempo.


Foi então que ele se fixou nos olhos, e de repente ele estava em uma prisão. Nas celas fechadas havia frases, dúvidas, lembranças, pensamentos, mas, no fim do corredor, na parte mais escura, na parte mais triste, em uma cela totalmente isolada, estava ela própria, a dona do olhar, a dona do sorriso, a imagem do lago.


Piscou os olhos, estava de volta, estava a frente do lago, mas, a imagem continuava lá. Virou a cabeça, ela olhara para a Lua, como se buscasse algo, como se estivesse querendo achar alguma coisa. Ele chega mais perto, e da um longo, apertado e carregado de sentimentos, um abraço.


Quando se afastam, ela lhe pergunta: “Por que isso assim do nada?”. Ele responde: “Apenas para estar com você”. Ele volta a olhar para o reflexo no lago. Já não estava como antes, era diferente, era calmo, era alegre, era bom.

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